quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Feliz 2011!


Feliz 2011!
O blog vai ficar sem atualização em janeiro.
Boas férias e obrigado pela sua companhia.
Anna

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Coreia do Norte - ameaças internas e externas

Nos últimos meses, assistimos a desavenças entre as duas Coreias, a do Norte, onde vige o regime comunista do ditador Kim Jong-il, e a do Sul, tradicional aliada dos Estados Unidos desde o fim da Guerra de 1950.

Os dois países continuam - teoricamente - em estado de guerra desde então, mesmo se foram registradas numerosas tentativas, ao longo dessas décadas, de aproximação, inclusive com envio de alimentos por parte da Coreia do Sul.

Nos últimos meses, porém, a guerra fria entre elas imperante até hoje correu o risco de se transformar em guerra quente. O pretexto foi o incidente ocorrido em 26 de março, quando um navio de guerra sul-coreano que navegava próximo da fronteira marítima entre as duas Coreias foi afundado em uma explosão que o atingiu. Dos marinheiros que estavam a bordo, 58 conseguiram escapar, mas 46 morreram. Após ter examinado o torpedo que teria atingido o navio, os investigadores concluíram que a responsabilidade era da Coreia do Norte, a qual, por sua vez, negou o seu envolvimento no ocorrido. Para agravar a situação, no mês passado, a Coreia do Norte atacou a ilha de Yeonpyeong, provocando a morte de quatro fuzileiros sul-coreanos. O país, um dos últimos baluartes do comunismo, defende-se afirmando que a Coreia do Sul organiza desde muito tempo exercitações militares junto com o vizinho nipônico, no Mar do Japão, consideradas como atividades que ameaçam o regime de Kim Jong-il.

Alguns analistas asiáticos afirmam que Pyongyang (capital da Coreia do Norte) há muito já preparava essa crise. Segundo eles, Kim Jong-il, preocupado pelo insucesso de suas políticas econômicas que provocaram uma queda desastrosa da economia, usou essa crise para culpar Washington e Seul e indicá-los ao povo faminto como os verdadeiros inimigos. Tal estratégia poderia fazer-lhe ganhar tempo e permitir que a sucessão de poder já preparada para seu filho Kim Jong-un aconteça sem grandes desestabilizações políticas internas.

Em nível internacional, porém, a Coreia do Norte, que já era o alvo das denúncias internacionais em matéria de armas nucleares, foi condenada imediatamente pelos Estados Unidos e Japão, que apoiaram o governo de Seul, pedindo à ONU severas sanções contra o governo norte-coreano. Já a China, tradicional aliado da Coreia do Norte, evitou condená-la, defendendo o caminho do diálogo.

O presidente chinês Hu Juntao, em conversa com o presidente americano Barack Obama, teria defendido uma ação internacional mais calma e racional para evitar a deterioração de uma já frágil situação de segurança em torno da península coreana. Ele afirmou: “Diálogo é o único canal correto para resolver a questão nuclear e outras questões relevantes que envolvem a península coreana”. Assim, incentivou os países envolvidos nas tratativas (China, Rússia, Estados Unidos, Japão, a República da Coreia – ROK e a República Democrática Popular da Coreia - DPRK) a retomarem as negociações visando à manutenção da paz e da estabilidade.