quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Livramento e Rivera - As cidades da Fronteira da Paz

Há pouco mais de duas semanas, por motivos de trabalho, estabeleci minha residência, junto com a família toda, aqui em Santana do Livramento, cidade gaúcha na fronteira com o Uruguai. Foi a segunda grande mudança em minha vida. A primeira foi quando de Roma mudei para o Brasil, vindo morar em Tubarão. Nos primeiros anos, nem deu para sentir saudades da Itália, tantas eram as novidades, os lugares bonitos que ia descobrindo, as novas amizades, etc. A única coisa de que senti falta em todos esses felizes anos na Cidade Azul, talvez, tenha sido não ter os contatos internacionais quase que diários aos quais estava acostumada desde a minha infância, em Roma. Na minha cidade natal - “caput mundi” como era chamada pelos antigos romanos - a vivência internacional sempre foi e continua sendo um dos elementos constitutivos da cidade.

Após alguns dias em Santana do Livramento, percebi que aqui não sentiria essa falta. Mesmo Livramento não sendo localizada no que se pensa ser o centro do mundo, percebi que as raízes históricas, políticas e econômicas de Santana do Livramento afundam e alimentam-se em terras caracterizadas pela internacionalidade. Basta dar um passeio nas ruas da cidade e prestar ouvido aos idiomas falados nas ruas, três pelo menos: português, espanhol e árabe (esse último pela presença em Santana de uma significativa comunidade muçulmana).

Avançando na nossa caminhada, chega-se em minutos à fronteira com o Uruguai, fronteira aberta, marcada apenas pelas duas bandeiras nacionais que esvoaçam alegremente no Parque Internacional situado entre os dois países. As minhas filhas logo brincaram de pular de um país ao outro, felizes dessa nova experiência. Olhando essa brincadeira, fiquei refletindo e percebendo quão peculiar é essa fronteira onde Deus nos enviou e qual seria o papel dessa cidade que, junto com a vizinha Rivera, deram vida à significativa e promissora Fronteira da Paz.

36 comentários:

Prof. Mauro Sopeña disse...

Profa. Anna,
Com prazer leio que você e sua família estão se adaptando muito bem a esta nova vida, aqui em Livramento. Também estamos gostando demais desta cidade. Conte conosco!
Abraços do Mauro, da Lu e da Fer!
www.maurosopena.blogspot.com

Lauren Dutra disse...

Sair do lugar onde nascemos ou mesmo do lugar onde estamos morando é sempre uma experiência um pouco assustadora no começo,alias as mudanças são sempre assim.Passei por isso a um pouco mais de dois anos atrás quando fui morar em São Paulo a parte de realizar um trabalho voluntário.Estive lá por 18 meses e senti muita falta de Santana do Livramento e de Rivera.Apesar de serem cidades relativamente pequenas têm muito a oferecer pelo fato de serem fronteira aberta.Há muito,tanto em Livramento como em Rivera para se apreciar,ambos os povos são muito amistosos e simpáticos.
Falando de economia ambos países contribuem com a economia um do outro.Há uma rede de livre comércio aqui as moedas parecem ser internacionais,são usadas livremente.A história dos dois países também faz parte uma da outra.
É algo muito curioso,como tu mesmo afirmaste,andar nas ruas e ouvir idiomas diferentes,e observar como as pessoas entram e saem das duas cidades como se estivessem em uma só.
Já tratando-se de cultura acho que cada país tem sua particularidade,as tradições são um pouco diferentes.Mas ainda assim ambas se apoiam.
Sem dúvidas essa fronteira é única no mundo,um lugar abençoado por Deus,é mesmo um privilégio poder viver em um lugar como esse e poder desfrutar de tudo que ele oferece,principalmente pra os alunos do curso de relações internacionais e uma "mina de ouro" muito rico para o campo de estudos.
Em fim é como conhecer dois lugares em um.

Claudia Moreira disse...

Anna,
Por isso estudamos RI.
Para unirmos teorias e métodos para entender esse cotidiano.
Sejam bem vindos a Liramento!
Abraços,
Claudia Moreira

Mariana Lopez disse...

Professora, depois de ter lido o seu articulo,e sendo uruguaia, só me falta dizer que estou muito contente ao saber que estas te adaptando a esta fronteira da paz, tao unida dos dois lados. Poderia dizer-lhe que me considero uma brasileira a mais, nao so por estar estudando no Brasil nem por falar português, mas pelo carinho e recebimento dos meus irmãos brasileiros.
Por o que a sra escreveu nao cabe duvida que sentiu a hospitalidade de ambos povos para todos aqueles que vem de longe.
Desde ja estou a sua disposição por se queres praticar o espanhol.

Unknown disse...

Profa.Anna,
Seja bem-vinda a esta fronteira no pampa gaúcho, que na realidade não tem fronteiras.Será que esta será a sua Amélia Brasileira?
Abraços Estela Fraga

Unknown disse...

Professora.

Apesar de Santana do Livramento ser de fato uma cidade internacional, ainda tem muito a evoluir no quesito 'internacionalidade'.
A grande maioria das pessoas tem pensamento fechado, e não estão abertas a ouvir pensamentos de fora.
Acho que talvez com a universidade e conseqüentemente na vinda de muitas pessoas de fora aos pouco vai se mudando tanto aos que vem se adaptando aos que ja estão e vice-versa.
No mais, acho uma cidade excelente e com totais condições de desenvolvimento mas isso só será possível quando o pensamento for grande.

Luiz V. Junior

Unknown disse...

Sair do lugar onde nascemos ou mesmo do lugar onde estamos morando é sempre uma experiência um pouco assustadora no começo,alias as mudanças são sempre assim.Passei por isso a um pouco mais de dois anos atrás quando fui morar em São Paulo a parte de realizar um trabalho voluntário.Estive lá por 18 meses e senti muita falta de Santana do Livramento e de Rivera.Apesar de serem cidades relativamente pequenas têm muito a oferecer pelo fato de serem fronteira aberta.Há muito,tanto em Livramento como em Rivera para se apreciar,ambos os povos são muito amistosos e simpáticos.
Falando de economia ambos países contribuem com a economia um do outro.Há uma rede de livre comércio aqui as moedas parecem ser internacionais,são usadas livremente.A história dos dois países também faz parte uma da outra.
É algo muito curioso,como tu mesmo afirmaste,andar nas ruas e ouvir idiomas diferentes,e observar como as pessoas entram e saem das duas cidades como se estivessem em uma só.
Já tratando-se de cultura acho que cada país tem sua particularidade,as tradições são um pouco diferentes.Mas ainda assim ambas se apoiam.
Sem dúvidas essa fronteira é única no mundo,um lugar abençoado por Deus,é mesmo um privilégio poder viver em um lugar como esse e poder desfrutar de tudo que ele oferece,principalmente pra os alunos do curso de relações internacionais e uma "mina de ouro" muito rico para o campo de estudos.
Em fim é como conhecer dois lugares em um.

Unknown disse...

Além do choque de culturas internacionais: palestinos, uruguaios, argentinos e agora a professora italiana; também temos as diversas culturas diferentes brasileiras dentro da nossa própia sala de aula, com alunos de diversas regiões do Estado e do Brasil inteiro. Essas diferentes culturas são um ponto a mais para o nosso curso, pois temos a chance de conhece-las sem ter de viajar enormes distâncias.

Natallia Gariazzo disse...

Realmente a fronteira da paz é um lugar maravilhoso para morar. Aqui temos contato com varias culturas, costumes, nacionalidades. Além de poder visitar lugares lindos em dois paises diferentes, e não precisar ir muito longe... É algo incrivel. Temos contato com a politica internacional todos os dias. Neste momentos estamos em época de eleições no Uruguay. Onde a frente ampla esta na frente, superando pela primeira vez, todas as porcentagens acumuladas pelos partidos opositores para a eleição de outubro.
apesar do favoritismo, o partido ainda não escolheu quem será o representante para o cargo de presidente do pais. A disputa está entre o senador José Mujica na frente com 57% de intençao de votos, contra 34% de Danilo Astori prefeito do departamento(estado) de canelones, e 6% de Marcus Carambumla.
A Frente Ampla escolherá o representante dia 28 e julho.

Anônimo disse...

Conhecidas como "cidades irmãs" Livramento e Rivera vivem de forma integrada, uruguaios e santanenses levam a vida de forma pacífica mesmo diante de algumas rivalidades, como por exemplo,o futebol.
A urbanização das cidades é planejada de forma integrada, Livramento auxilia Riveira e, está retribui em outras ocasiões: Livramento utiliza o aeroporto de Rivera, em caso de emergência uma pode socorrer a outra, pois há ligação entra a rede de água e elétrica.
Vive-se em plena harmonia, cada cidade com sua beleza e atrações: Rivera tem belas praças, free shops que atraem pessoas de várias partes do mundo, já Livramento belos campos, lagos, cerros.
Há uma curiosidade em relação aos nomes de algumas ruas em Rivera: são nomes de batalhas que o Brasil perdeu: Sarandi,Agraciada, etc.
Faz parte da fronteira da paz a comunidade árabe-palestina,fortemente unida em diversos fatores, sobretudo em virtude da religião, já que 90 a 95% dos palestinos do município de Livramento são muçulmanos.
A grande maioria dos palestinos veio para cá contra sua vontade nas déc. de 40 e 50, fugindo dos problemas que a Palestina enfrenta como: guerra, opressão e ocupação israelense e, foram acolhidos pelos santanenses de forma pacífica e igualitária.
A fronteira da paz tem inúmeras histórias que mesmo seus conterrâneos desconhecem.

Vanessa Munhoz - turma de R.I.

Vivian Corrêa disse...

Santana do Livramento e Rivera, conhecidas como Fronteira da Paz, a fronteira mais irmã do mundo, tem sua história fortemente marcada pela internacionalidade desde sua fundação.
Além da inevitável influência exercida cultural e economicamente uma na outra, as duas cidades cresceram impulsionadas por países que viam a potencialidade da região, mesmo esta não sendo localizada no que se pensa ser o centro do mundo, teve grande valorização por sua localização geográfica.
Porém, a fronteira tornou-se muito mais uma área de inter-relações do que de limites entre dois países, pois as diversas possibilidades proporcionadas por ela levaram à formação de uma mentalidade singular.
Na atualidade a região é vista como protagonista das Relações Internacionais privilegiando assim as interações, a convivência, a aproximação entre os povos e, na brincadeira das meninas, pode-se notar a convivência harmoniosa e pacífica vivida por esta comunidade binacional.

Fernanda Guedes Aguirre disse...

Gostaria de parabenizar pelo ótimo texto que trata das peculiaridades da Fronteira da Paz. Nesta fronteira que todos os anos centenas de pessoas partem para outras regiões em busca de novas oportunidades, vemos você feliz em fazer o caminho contrário.
Fica aqui meu comentário e minha torcida para que possamos num futuro próximo contar com a energia eólica, e também com dias melhores para nossa comunidade.

Unknown disse...

Olá Prof. Ana,
Primeiramente gostaria de dizer que é uma grande satisfação, tanto como aluna da UNIPAMPA, como santanese, ter a oportunidade de poder contar com o apoio e os conhecimentos de uma profissional altamente capacitada. Tenho certeza que só veio a nos acrescentar!
Nossa Fronteira é relamente algo que temos que ter orgulho. Uma terra de fortes traços culturias, e ao mesmo tempo podendo contar com costumes diferentes dos nossos, vindos da nossa Cidade-irmã, Rivera, tornando-se praticamente em uma só. Misturando línguagem, gastronomia e até as mesmas ruas. Isso faz com que a Fronteira da Paz seja única, e por sempre admirada e procurada por todos!

Abraço,
Waleska Bisso

Fabiano Severo disse...

Prof. Anna
Fico feliz que a senhora esteja gostando da nossa terra. Possivelmente a sra. ja deve ter escutado coisas boas e más sobre Livramento, mas lhe afirmo que não existe lugar melhor pra viver do que aqui. Em nenhum outro lugar se come e se vive tão bem e por que não dizer tão barato,por sempre ter morado aqui posso lhe dizer por experiência. Livramento e Rivera são chamadas de cidades irmãs, mas acho que se poderia dizer irmãs gêmias siamesas, por que uma não existe sem a outra. Esse "entrevero" de culturas, como diriam nossos "hermanos" riveirenses, torna a nossa cultura tão especial. Creio que daqui a alguns anos a senhora escreverá outro texto já se considerano nossa "hermana" e trazendo todos os progressos que teremos. Deixo o link de um video que demonstra o amor do santanense por essa terra que se faz querer por todos que um dia aqui estiveram. http://www.youtube.com/watch?v=YRconcVSMzA

Ciro Maratá disse...

Esse texto fala exatamente da identidade da nossa cidade que não é muitas vezes valorizada, em poucas cidades no mundo podemos ver três culturas coexistindo da forma em que vemos em nossa cidade, e em menos cidades ainda podemos ver essa fronteira seca que possuimos, onde basta atravessar uma rua para estar em outro país.

Tarsila Lemus disse...

Prof.Anna me identifiquei muito com sua experiencia de mudança,pois sou também uma nova moradora de Santana do Livramento,descobrindo como você os encantos e peculiaridades de morar em uma fronteira!
Abraços da sua aluna Tarsila

Tarsila Lemus disse...

Prof.Anna me identifiquei muito com sua experiencia de mudança,pois sou também uma nova moradora de Santana do Livramento,descobrindo como você os encantos e peculiaridades de morar em uma fronteira!
Abraços da sua aluna Tarsila

Unknown disse...

Anna, com certeza esta fronteira abriga muitos filhos, particularmente hoje me considero Santanense de coração apesar de ter nascido na Rainha da fronteira, Bagé. As peculiaridades do povo, da história e da cultura mostram de fato o que a fronteira tem a oferecer para seus filhos. Assim, estamos fazendo parte de uma história, de um desenvolvimento constante, principalmente pela conquista da Universidade Federal do Pampa. E com certeza muitas outras conquistas virão. Seja bem vinda a Fronteira da Paz !!!

Roselaine disse...

Concordo plenamente com vc,meus familiares são todos de Uruguaiana somente eu e meus filhos somos daqui,sei que aqui com todos os problemas(desemprego,falta de oportunidades...)não me vejo em outro lugar já morei em Florianópolis e Porto Alegre e me senti muito triste apesar de serem lugares lindos.Aqui eu sou feliz,aqui eu construi a minha familia e quero criar meus filhos livres sem medo de que a "violência" roube a infância deles.A nossa Fronteira Da Paz,também é Fronteira Da Amizade,Fronteira Dos Hermanos,Fronteira Do Calor Humano,tenho certeza que vc não irá sentir falta de nenhuma dessas coisas.
Roselaine Nunes.
WWW.rose.smr@hotmail.com

Tirado da Gaveta disse...

Segundo os dicionários, fronteira significa uma zona de território que separa duas nações, o que, ao meu ver, não é a realidade da “Fronteira da Paz”. Nesses meus poucos meses em Sant’ana do Livramento, acabei por perceber o quão tênue é a linha que nos separa do Uruguai. Tão tênue é essa linha que não pode ser vista e tampouco tocada, é uma linha que tece a mistura entre pessoas de diferente raça, cultura, religião, filosofia de vida e tantas outras coisas. Essa mistura se torna tão real e significativa ao ponto de ser quase uma utopia definir a identidade de cada pessoa que aqui vive.
E é nesse contato direto com o outro que conseguimos perceber o outro em nós, e vice-versa. Encantada com a proximidade estampada em cada gesto, acabo refletindo sobre as diferenças, quase despercebidas, presentes nas ruas dessas cidades e a facilidade de interação e integração entre essas duas nações.

Leticia Malcorra disse...

Profa. Anna,
Livramento e Rivera praticamente são uma única cidade. Irmãs, elas apoiam uma à outra em seminários e congressos que buscam o desenvolvimento das cidades. Aqui existe rivalidade somente nos dias de Futebol, quando os dois países jogam adversáriamente. Convivemos diariamente com dois idiomas completamente distintos, porém também temos um dialeto chamado Portunhol. Tive a grande oportunidade de nascer filha de Pai Uruguaio e Mãe Brasileira, e desde pequena falo as duas línguas por ter estudado até o segundo grau em Rivera e ter voltado para fazer faculdade no Brasil. É uma fronteira seca, com muitas peculiaridades interessantes, mas que infelizmente também tem suas desvantagens. Por estarmos divididos por uma rua apenas, que é nosso limite existe muito contrabando e roubo, e os policias não tem ainda o domínio de atravessarem a fronteira atras de marginais que banalizam um lugar único e com um grande potencial de desenvolvimento.
Bem-Vinda a mais irmã das fronteiras.

Dai disse...

A fronteira mais irmã de todas as fronteiras. Conhecida mundialmente como Fronteira da Paz, Livramento e Rivera - pela peculiaridade geográfica que une ambas cidades, onde apenas uma rua divide o mapa físico que separa o Brasil do Uruguai – servem juntas, de exemplo para o mundo inteiro de como devem se comportar os povos. Somos irmãos, peregrinos de uma mesma jornada, independente da língua que falamos, dos costumes que tenhamos.Se o mundo inteiro se espelhasse no modo como vivemos aqui nessas duas cidades - que na verdade não são duas, mas uma só – certamente teríamos um mundo muito melhor, onde reinaria a paz e, a palavra guerra, seria apenas uma triste lembrança de uma humanidade cega. Que bom seria se todas as fronteiras do mundo fossem apenas Fronteiras da Paz!

Unknown disse...

Olá prof.

Bom, o a nossa fronteira é muito peculiar em muitos sentidos, particularmente vivo intensamente desta interação entre Brasil/Uruguai, sou filho de um uruguaio com uma brasileira, ja morei anos no Brasil, mas atualmente minha casa é do lado de lá da fronteira, tenho dupla nacionalidade, enfim os dois países fizeram parte de minha vida e de minha formação.
Só que, estudando mais a fundo o caso específico de nossa fronteira, começamos a perceber infelizmente, que historicamente, os dois países parecem apenas defender de maneira egoísta o "seu lado", um sempre prosperando "nas costas" do outro. Podemos citar como exemplo o famoso frigorífico Armour que tivemos em nossa cidade, ele fez sucesso e foi muito importante para o desenvolvimento de Livramento, mas só vingou porque tinhamos o porto de Montevideo para exportar a carne em tempos de guerra, e atualmente, temos os "free shops" que estão trazendo fortunas aos comerciantes Uruguaios, devido aos turistas brasileiros, ou seja, parece que uma cidade só se desenvolve as custas da outra, e enquanto uma cresce, a outra permanece estagnada, existem vários outros casos em que essa "cooperação" parece mais um jogo de interesses do que a real integração tão divulgada por aí...
Temos sim esta peculiaridade das duas culturas muito proximas, que se fundem, apenas divididas por uma rua, mas ainda estamos engatinhando no que diz respeito a uma real cooperação e integração entre as duas nações.
Um fato curioso da nossa fornteira e pouco divulgado, é o ressentimento historico que uma naçõ tem com a outra, conversando com o prof. Paulo outro dia, observamos que as ruas que dividem as nossas cidades são, do lado brasileiro "Almnirante Tamandaré", militar que liderou por muito tempo as batalhas para anexar o Uruguai ao Brasil, exterminando muitos uruguaios em batalhas pelo território uruguaio, já do lado uruguaio, o nome da rua é "33 Orientales" que, também lutaram pela libertação da província cisplatina, matando muitos brasileiros em busca da liberdade do território uruguaio. Isso soa irônico, como se fosse uma aviso de ambos os lados, colocando os nomes das ruas que dividem as cidades em nomes que remetem a grandes derramamentos de sangue de um país com o outro.
Acho sim, que somos previlegiados por vivermos em uma região como a nossa, mas não devemos fechar os olhos para certos fatos que ainda não estão bem resolvidos, e acabam por travar o desenvolvimento mútuo de ambas as partes.
Acho que seria interessante para a nossa universidade estudar os motivos destes entraves, destes "companheiros pero no mucho" para que o desenvolvimento regional se dê de forma mais justa e rápida tanto para nossa Livramento quanto para Rivera.

Felipe Albornoz
Aluno de comex/RI

Claudia Moreira disse...

Professora Anna,
Há alguns dias li no Blog no nosso futuro prof. de Sociologia um texto que iniciava dizendo: “Cidade diferente”; essas são as duas palavras iniciais do hino de Sant'Ana do Livramento a cidade diferente que é símbolo do Mercosul.
Faço minhas as palavras do relator do PL 12.231/2005 que nos concede o titulo de Cidade Símbolo do Mercosul:
“Localizada sobre a fronteira seca com a República Oriental do Uruguai, Sant’Ana do Livramento forma com a cidade de Rivera uma fronteira peculiar e diferente das existentes no continente. As duas cidades são separadas apenas por uma ampla avenida e uma majestosa praça, conhecida como Parque Internacional, enquanto que as demais vias públicas são contínuas e contíguas, integrando as duas coletividades num mesmo sistema viário.”
Gosto muito dessa cidade, tenho orgulho de ser santanense, mas tenho de reconhecer somos cidades únicas, com características muito semelhantes o que me leva a concluir que não só Livramento é Símbolo do Mercosul, mas a Fronteira da Paz, Livramento-Rivera.
Nosso curso de RI, tem aqui, o palco perfeito para atuar e interagir. Estamos no lugar certo para estudar as Relações Internacionais.
Claudia Moreira
1º sem. RI

Unknown disse...

Tenho orgulho de dizer que estou morando e estudando em Santana do Livramento, pois é uma cidade que me proporciona muitas alegrias, onde conheci pessoas maravilhosas, de lugares e culturas diferentes, cidade que me acolheu de braços abertos. Ainda com essa peculiaridade maravilhosa que é atravessar a rua e estar em outro país, o Uruguai, que mais nos parece à mesma cidade, que nem nos damos por conta, muitas vezes, das grandes diferenças. Rivera que nos proporciona muitas comidas gostosas e, inclusive, muitas visitas devido a seus grandes freeshops. Aqui registro minha satisfação em poder ter conhecido um pouco mais de Santana do Livramento, terra que após a faculdade terei prazer em visitar e rever pessoas que tanto me orgulho de ter formado laços eternos. Obrigada UNIPAMPA por essa oportunidade de estar aqui em Santana do Livramento e por trazer mais pessoas, inteligentes e qualificadas que acreditam no desenvolvimento e crescimento dessa região.

Tayra Fagundes disse...

Professora, Santana do Livramento forma com Rivera uma fronteira seca. Aqui, apenas uma linha imaginária divide teórica e legalmente dois povos, que de fato interagem bem.
Não sou de Livramento, sou de Rio Grande e quando vim para esta cidade percebi essa mistura de culturas que me chamou muito atenção, pois como a senhora descreveu ao andar pelas ruas nota-se brasileiros, uruguaios e muçulmanos interagindo de diversas formas e dividindo o mesmo espaço.
A cidade é tranqulia, não apresenta um custo de vida alto e as pessoas são receptivas, ou seja, ótima para seus filhos. Boa Sorte nessa nova etapa de sua vida e seja Bem- Vindaa a fronteira.

Unknown disse...

Sant'Ana do Livramento possui um passado histórico que eu confesso não estar familiarizado, mas que me intriga. Essa cidade por delimitar a fronteira entre Brasil e Uruguai, digo por expêriencia própria, tem ares diferentes. O modo como ela funciona, as relações políticas e econômicas que as duas cidades mantém entre si, foi sendo construído ao passar do tempo. Agora, essas relações podem servir de estudo para formar profissionais nas áreas de administração, relações internacionais, gestão pública e futuramente economia. Acredito que vivenciamos um novo episódio de formação da Fronteira da Paz

GLAUBER PRETO disse...

Professora, Livramento ja apresenou grande prosperidade, quando despontavam grandes lanifícios, frigoríficos, organizações sociais e clubes de futebol.sendo assim a economia foi fenecendo, por múltiplas razões, dentre as quais podem ser citadas: isolamento, visão centralista, excessivo apego às tradições e à história.
Apesar de tudo Santana do livramento e um otimo lugar para morar.Boa Sorte e bem vida..a fronteira da paz.

Glauber preto
COMEX
Abraços

GLAUBER PRETO disse...

Professora, Livramento ja apresenou grande prosperidade, quando despontavam grandes lanifícios, frigoríficos, organizações sociais e clubes de futebol.sendo assim a economia foi fenecendo, por múltiplas razões, dentre as quais podem ser citadas: isolamento, visão centralista, excessivo apego às tradições e à história.
Apesar de tudo Santana do livramento e um otimo lugar para morar.Boa Sorte e bem vida..a fronteira da paz.

Glauber preto
COMEX
Abraços

GLAUBER PRETO disse...

Professora, Livramento ja apresenou grande prosperidade, quando despontavam grandes lanifícios, frigoríficos, organizações sociais e clubes de futebol.sendo assim a economia foi fenecendo, por múltiplas razões, dentre as quais podem ser citadas: isolamento, visão centralista, excessivo apego às tradições e à história.
Apesar de tudo Santana do livramento e um otimo lugar para morar.Boa Sorte e bem vida..a fronteira da paz.

Glauber preto
COMEX
Abraços

Alexandre Espinosa disse...

Sem dúvida nenhuma, Santana do Livramento apesar de todas as suas dificuldades, continua sendo uma cidade encantadora, principalmente com relação ao seu povo que se mostra sempre muito hospitaleiro. o comércio exterior é uma excelente forma de estabelecer novos vínculos,principalmente numa fronteira que é separada somente por um parque.

Unknown disse...

Professora Anna,
FIco feliz em saber que está gostando dessa mudança e que seja cada vez melhor.
Também sou de outra cidade(centro do Estado) e já morei em outras duas cidades.Mesmo sentindo falta de algumas coisas como o agito da cidade grande sinto que com o curso,pessoas e as oportunidades que irão surgir ao longo do período,será possível obter uma maravilhosa estadia além de grande conhecimento e futuras oportunidades na Fronteira da Paz.
Abraços.

Unknown disse...

Um dos motivos que nos deixa em vantagem mediante outras universidades, principalmente no curso de RI, é a fronteira, a facilidade com que se atravessa, com que se dialoga com pessoas de outro país etc. Penso que situados onde estamos temos muito mercado de trabalho a SER EXPLORADO pois, este muito pouco foi.
Fábio Lopa

Aline Silveira disse...

Pra quem não é de Livramento, fica até difícil reconhecer a rivalidade que existe entre brasileiros e uruguaios, que vai além do quesito futebol, que provavelmente é a primeira coisa que se pensa quando fala-se em rivalidade. É incrível como a cultura entre os dois países pode ser tão diferente se levarmos em consideração que não existe nada que separe-os. Até na religião há diferenças entre os dois povos, embora sejam essas diferenças um dos grandes atrativos das fronteiras. E não há como negar que Livramento e Rivera são completamente dependentes uma da outra, principalmente economicamente, embora nem a língua falada seja a mesma. Com certeza somos privilegiados por poder cursar Relações Internacionais direto da fronteira, podendo ver na prática o que estudamos, o que vai ser um diferencial dos alunos que aqui se formarem. E, com certeza esses alunos vão ajudar no desenvolvimento da Fronteira da Paz.

Natália Chipollino disse...

Profª Anna,
Num primeiro momento, sinto-me lisonjeada em ler suas palavras fazendo uma analogia da minha querida cidade natal, Livramento com a sua Roma. Estou certa que você encontrou características “Sui generis” por aqui! E fico feliz por ter se sentido bem!
Também vejo nossa fronteira com estes olhos. O que me deixa, por alguns momentos, um pouco triste. Visto que, parece que estamos esquecidos no que tange os aspectos econômicos e, por conseqüência, sociais.
No entanto, como todo brasileiro, tenho esperança de que esta situação um dia mudará. E vejo a nossa universidade como um dos primeiros passos para essa evolução, pois acredito na educação e nos futuros empreendedores que a Unipampa um dia formará.

Unknown disse...

Prof Anna
Fiquei muito feliz de ler seus comentarios, estou indo morar em santana, morei por mais de 15 anos nos EUA, sou professora de ingles, e nao conheço a cidade, estamos indo ainda este mes de maio e vou entrar em contato com vc.obrigada Iris,junior e nicholas